Era a Holanda o principal rival do Brasil na terceira semana do Grand Prix. E a seleção de Flier não decepcionou os prognóticos nos primeiros minutos da partida deste sábado (17), em Almaty. Mas era a equipe de Zé Roberto a favorita. E ela também demonstrou em quadra o melhor momento.
Jogando bem, após um início irregular, o Brasil conquistou mais três pontos na tabela ao anotar 3 sets a 0 sobre a Holanda, com direito a parciais de 25/15, 25/20 e 25/15. Com isso, foi a 20 e assumiu de forma provisória a quarta posição, enquanto as oponentes congelaram nos 9 e se mantiveram em 12º lugar.
Na despedida da fase classificatória, as brasileiras têm pela frente o Cazaquistão, que ainda não venceu no torneio. O duelo está agendado para este domingo (18), às 9 horas (de Brasília). Mais cedo, as holandesas buscam a reabilitação contra Cuba para se despedir da competição de forma positiva.
Divulgação/FIVB
Brasil chegou aos 20 pontos ganhos
Brasil acorda após parada técnica e atropela
O técnico Zé Roberto chegou a dizer que era a Holanda a adversária mais perigosa do Brasil nesta terceira semana do Grand Prix. Azar de quem não deu ouvidos. Com um bom volume de jogo, as europeias começaram melhor o confronto, colocando 8 a 5 sobre as sul-americanas.
Uma parada nunca fez tão bem à seleção. Na volta à quadra, Gabi mostrou inspiração no saque. Foi a chave para o começo da incrível reação. Na linha de frente, Fabiana e Fernanda Garay não desperdiçaram contra-ataques. Resultado: oito pontos seguidos das comandadas de Zé Roberto e dois pedidos de tempo de Gido Vermeulen.
As brasileiras encontraram mais resistência das holandesas depois do tempo obrigatório. Flier também apareceu com mais perigo, o que fez a diferença no marcador apresentar leve queda. Mas bastou uma conversa com Zé Roberto para as jogadoras retomarem o ritmo forte. Neste embalo, o placar terminou pintado de amarelo em 25 a 15.
Brasil vira e marca 2 a 0
Depois de terminar muito bem a primeira parcial, o Brasil caiu de rendimento na segunda. Mais concentrada, a equipe de branco se aproveitou e abriu 5 a 2. Foi a deixa para Zé Roberto queimar o primeiro tempo. E quem levou a pior foi Dani Lins, vítima das principais broncas. Mas nem assim a seleção acordou (3/8).
Com dificuldade para recepcionar o saque das europeias, o sexteto de amarelo também sofreu para pontuar. Após o décimo ponto, porém, a turma de Flier mostrou cordialidade e falhou em bolas fáceis. Esperto, o Brasil cresceu no ataque e aproveitou para chegar ao empate de 14. Gabi fez ainda melhor e liderou a virada.
As holandesas, no entanto, não saíram do pé das brasileiras. Assim, o confronto ficou parelho até o 20º. Mas, no trecho decisivo, a seleção de Zé Roberto se desgarrou no marcador e criou uma gordura confortável para encaminhar a vitória. E foi no erro das adversárias que o Brasil colocou 2 a 0 de vantagem (25/20).
Seleção domina de ponta a ponta
O Brasil resolveu fazer diferente e partiu mais concentrado no terceiro set, a ponto de Vermeulen brecar o confronto nos primeiros minutos. As sul-americanas, porém, não diminuíram o ritmo. Com o saque agressivo, complicaram a vida das holandesas, que tomaram 8 a 2.
E o enredo do duelo não mudou depois da parada obrigatória. Com Garay muito bem no ataque, as meninas de Zé Roberto só fizeram a diferença crescer. O técnico optou então por dar mais ritmo a Jucy, que entrou na vaga de Thaísa. E a reserva apresentou rápido sua maior especialidade: o bloqueio.
Após mais um tempo técnico, quem ganhou a chance de mostrar serviço foi Sheilla, a substituta de Monique. As mudanças não diminuíram o ritmo do grupo, que deu passos largos para a sétima vitória no torneio. Vitória que foi comemorada após a china de Jucy, que bateu firme para cravar 25 a 15.